Oficina 1| Demências- abordagem geral | 12 setembro
Oficina 2 | Alimentação e higiene da pessoa com demência | 19 setembro
Oficina 3 | Comunicação e alterações comportamentais da pessoa com demência. Noções de auto-cuidado ao cuidador | 26 setembro
Oficina 4 | Cuidados na administração de medicação e noções gerais de primeiros socorros | 3 outubro
Um estudo realizado em 2011, que
envolveu cerca de 300 ERPI de Portugal Continental, cerca de 30% dos residentes
tinha diagnóstico de demência. A prevalência de pessoas com demência a viver em
ERPIs e/ ou beneficiárias de outras respostas sociais não para de aumentar.
Com diagnóstico formal ou sem, muitas das pessoas que estão em instituição apresentam declínio cognitivo.
Apesar de conhecido este fato e de toda a gente conhecer os sintomas de demência, há, uma sensação de impotência, como se não fosse possível fazer-se mais nada por estas pessoas. Fato que por vezes acarreta para a instituição situações embaraçosas de conflito com os restantes idosos, dificuldade de prestação dos cuidados por parte dos cuidadores e encargos acrescidos com a perda de autonomia e independência dos mesmos.
Por isso muitas vezes a prestação de cuidados à pessoa com demência assenta num modelo de realização de tarefas. Tom Kitwood considerava que o trabalho de prestação de cuidados é essencialmente um trabalho relacional. É um fato que as pessoas com demência precisam de cuidados individualizados e a prestação de cuidados só funciona quando está baseada numa relação de confiança suportada com conhecimento específico.
Esta forma de prestar cuidados traz muitas vezes como consequência Mal-estar, dos residentes e de quem lhes presta cuidados (com a síndrome de burnout cada vez mais prevalente nas instituições).
A atual cultura de prestação de cuidados não é inclusiva, não aceita a pessoa com as suas diferenças e reduze-a a um conjunto de sintomas que têm que ser “lidados” e que têm que ser controlados, na maioria das vezes através de medicação ou de medidas invasivas e limitadoras da liberdade, do bem-estar e conforto da pessoa com demência.
Este ciclo de oficinas tem como objetivo ajudar os cuidadores formais a melhorarem a prestação dos cuidados às pessoas com demência, contribuindo para o maior bem-estar de ambas as partes.
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