Abordagem à Violência: o que todos/as os/as técnicos/as de intervenção social devem saber | inscrições abertas


 

Abordagem à Violência: o que todos/as os/as técnicos/as de intervenção social devem saber

 

Esta formação pretende abordar os conhecimentos essências sobre violência, que qualquer técnico de intervenção social deve dominar. Quem trabalha com crianças e jovens, diretamente com as famílias, com a população mais velha, adultos desempregados, pessoas com deficiência, ou outras pessoas, seja numa pequena IPSS ou num departamento público, estes são os pressupostos que qualquer um de nós tem mesmo de saber. Esta é uma formação que nos permita ter as informações necessárias para detetarmos situações e saber como intervir adequadamente.

 

OBJETIVOS GERAIS

1. Melhorar a intervenção técnica na área da violência doméstica;

2. Adquirir de um conjunto de conhecimentos e de competências que permita realizar o atendimento, acompanhamento e encaminhamento de vítimas de violência doméstica de forma rigorosa, dinâmica e crítica.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

No final da formação pretende-se que os/as formandos/as sejam capazes de:

- Possuir conhecimentos gerais sobre a definição conceptual de violência de género/doméstica/na família e nas relações de intimidade, da sua incidência e prevalência, das suas principais tipologias, dinâmicas, processos, consequências e impacto, características dos/as intervenientes, custos e especificidades;

- Integrar conhecimentos gerais acerca do sistema legislativo e judicial existente em Portugal na área da violência doméstica;

- Desconstruir as principais crenças, estereótipos e atitudes bloqueadoras face à violência na sociedade em geral e na atuação dos/as os/as profissionais;

- Conhecer os principais modelos de intervenção com vítimas e a postura a adotar nesse processo;

- Integrar competências práticas para uma intervenção na violência doméstica mais adequada e com padrões de atuação uniformizados (especialmente no que respeita à avaliação do risco, das necessidades das vítimas e do impacto da vitimação);

- Reconhecer a importância do trabalho em rede para uma intervenção eficaz na prevenção da violência doméstica.

 

 

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Módulo I – Introdução à área da Violência (9 horas)

1. A prevenção e combate à violência doméstica e os/as seus/suas intervenientes (Administração Central, Sociedade Civil, Territorialização e o papel das Autarquias, Corresponsabilização e a importância das parcerias)

2. Conceito e enquadramento da violência doméstica - Distinção conceptual entre Violência de Género, Violência contra as Mulheres, Violência Doméstica e Violência nas relações de intimidade

3. Crenças, estereótipos e atitudes bloqueadoras da intervenção  

4. Teorias explicativas da violência doméstica

5. Dinâmicas e processos associados à violência doméstica: Ciclo da Violência e Poder e Controlo

6. Características psicossociais do/a agressor/a

7. Características psicossociais das vítimas

8. Consequências e impacto da vitimação: Sintomatologia psicológica; Sintomatologia física e Consequências socioeconómicas

9. Especificidades da relação abusiva: fatores explicativos para a sua manutenção

10. A violência exercida sobre pessoas em situação de especial vulnerabilidade – especificidades da violência contra pessoas seniores, crianças e jovens, pessoas com diversidade funcional e pessoas LGBTI

11. Boas práticas no atendimento a vítimas

Módulo II – Princípios básicos da intervenção na violência doméstica (9 horas)

1. Dados epidemiológicos da violência doméstica em Portugal

2. Breve resenha sobre a evolução histórica e legislativa do crime de violência doméstica em Portugal

3. O crime de violência doméstica segundo a lei penal portuguesa: art. 152º do Código Penal

4. A avaliação do risco e os planos de segurança pessoal

5. A lei n.º 112/2009, de 16 de Setembro: os aspetos mais relevantes

6. Os/as diferentes profissionais e entidades na intervenção na violência doméstica

7. A relevância do trabalho em rede na prevenção da violência doméstica

8. A importância dos fluxogramas de intervenção e dos manuais de procedimentos

9. Análise das principais dificuldades na intervenção na violência doméstica

 

METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO E AVALIAÇÃO

- Formação em formato on-line, com recurso a uma plataforma de transmissão (Zoom).

- Utilização de metodologias e técnicas pedagógicas que garantam o cumprimento estreito e rigoroso dos objetivos definidos, nomeadamente o método expositivo, interrogativo e ativo, com recurso a exercícios práticos e análise de casos.

- Realização de um pré-teste de escolha múltipla e um pós teste, que permita aferir o grau de aquisição de conhecimentos.

 

DATAS _ 21 e 24 de fevereiro, 2, 8, 10 e 15 de março de 2022

HORÁRIO _ 09.30h - 12.30h

DURAÇÃO _ 18h

LOCAL _ Plataforma Zoom

 

FORMADORAS

Módulo I | Paula Allen

Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações e com especialidade avançada em Psicologia Comunitária e Sexologia.

É consultora em Igualdade de Género e formadora nesta área desde 2000 e formadora certificada pelo Conselho Científico da Formação em Educação para a Saúde - Educação Sexual e Educação para a Cidadania (Direitos Humanos).

É uma das fundadoras da Associação Plano i e atual Vice-Presidente da Direção da mesma Associação.

É Diretora Técnica do Centro Gis (Centro de Respostas às Populações LGBTI), da Casa Arco-Íris (Casa de Acolhimento de Emergência para pessoas LGBTI Vítimas de Violência Doméstica) e do Plano 3C (Casa Com Cor – Apartamento de Autonomização para pessoas LGBTI Vítimas de Violência Doméstica).

É Presidente do Conselho Consultivo para as questões LGBTI, Co-Coordenadora científica do Observatório Nacional do Bullying e do Programa Uni+ (Programa de Prevenção e Combate da Violência no Namoro no Ensino Universitário), e ainda Coordenadora científica de vários projetos ligados à prevenção do bullying e da violência.

É também coordenadora do Espaço Lara – Apoio Psicológico Especializado para Crianças e Jovens Vítimas de Violência Doméstica.

Módulo II | Diana Silva

Membro da CooLabora desde 2012, trabalha na área da prevenção e combate à violência doméstica e de género e é responsável pelo atendimento a vítimas nos gabinetes de Belmonte e Covilhã. Criminóloga pela Escola de Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Possui especialização em Metodologia Autobiográfica para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, pela Libera Universitá Dell’ Autobiographia em Anghiari, em Itália.

 

INSCRIÇÃO Associados/as da EAPN Portugal: 45€ | Não Associados/as: 75€

PÚBLICO-ALVO Técnicos/as de intervenção social das mais diversas equipas, áreas e organizações públicas ou privadas (RSI, RLIS, Segurança Social, CLDS, CPCJ, Escolhas, IPSS, CLAIM, Municípios e Agrupamentos de Escolas).

ÁREA DE FORMAÇÃO 762 – Trabalho Social e Orientação

MODALIDADE DE FORMAÇÃO Formação contínua de atualização

FORMA DE ORGANIZAÇÃO Formação à distância e on-line através da Plataforma ZOOM (é necessário aceder através de equipamento digital com som e imagem)

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Associados EAPN Portugal | Entidades do distrito da Guarda| Número de ordem de receção da inscrição

CERTIFICADO DE FORMAÇÃO Frequência obrigatória de pelo menos 80% do total da duração da ação e aproveitamento no final da formação

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES Ficha de Inscrição em anexo | A Ficha de Inscrição pode ser fotocopiada

Após confirmação da sua inscrição, o pagamento deverá ser efetuado por transferência bancária (mediante envio do respetivo comprovativo).

As inscrições são limitadas a 25 participantes e devem ser realizadas até ao próximo dia 16 de fevereiro para:

EAPN Portugal / Núcleo Distrital da Guarda

Telefone: 967 084 567 | guarda@eapn.pt

 


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