Ministra de Estado e da Presidência abriu conferência sobre implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, promovida pela EAPN
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), entendido como alavanca da resposta a curto médio prazo foi esta manhã abordado pela ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, durante a conferência europeia organizada pela EAPN Europa e a EAPN Portugal.
«Esta valorização das políticas é de particular importância
quando o Governo que se encontra a finalizar o PRR e está a trabalhar no Quadro
Financeiro Plurianual. Este programa é uma oportunidade histórica para
Portugal. Nunca Portugal dispôs de tantos recursos para mobilizar em tão pouco
tempo», disse a ministra, recordando a importância das prioridades, transição
climática e digital e a resiliência. «O país tem de valorizar o seu potencial, o
seu capital humano e natural, consciente de que isso será decisivo para o
desenvolvimento económico e para a coesão social e territorial. O PRR reflete
as opções de política pública do Governo. Essas opções são determinadas pela
leitura que o Governo faz dos desafios que o país enfrenta e dos bloqueios
estruturais com que nos confrontamos, opções determinadas por condicionantes
como a complementaridade com
outros instrumentos de financiamento; recomendações
específicas por País têm de ter resposta no Programa; requisito climático – (37% afeto à transição
climática) e requisito digital (20%
afeto à transição digital).
A governante referiu, ainda, a necessidade de enfrentar as vulnerabilidades
sociais, nomeadamente «dar resposta a um país que tem a sua população
envelhecida e com maior esperança média de vida. Um Estado Social mais forte
para todos, que retire as populações excluídos dos seus ciclos de pobreza e que
assegure às classes médias as condições para a concretização dos seus projetos
de vida».
A ministra destacou,
também, a importância da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, fundamental
para combater a persistência dos fenómenos de pobreza, «capaz de um conjunto de
medidas integradas que atuem sobre a pobreza e os seus ciclos de reprodução. Ou
seja, para lá de uma resposta imediata precisamos de uma Estratégia de médio e
longo prazo. Foi por isso nomeada uma «Comissão para elaborar uma Estratégia de
Combate à Pobreza que apresentará nas próximas semanas um conjunto de medidas
que nos permitam fazer um combate eficaz nos próximos anos. Um combate guiado
por metas e indicadores que nos permitam aferir os progressos da estratégia.
A este nível estão previstas operações integradas em
comunidades desfavorecidas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto Estes
territórios concentram múltiplas vulnerabilidades que se potenciam mutuamente e
que limitam o impacto de programas estritamente setoriais. Assim, são
necessários programas que atuem de forma integrada sobre estas vulnerabilidades
com o envolvimento das comunidades.
O aumento do potencial produtivo, a qualificação e competências,
as reformas do ensino e formação profissional, a agenda da promoção do trabalho
digno, os apoios aos mais jovens e aos adultos, são medidas que integram «o PRR, em conjunto com o QFP 2021-2027, irão
moldar o futuro próximo do investimento público em Portugal. Serão um
instrumento decisivo para a recuperação económica e para a coesão social»,
afirmou a ministra.
Fotografia: Sonja Valentina
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