Politécnico de Viseu promove a participação política e cívica de mulheres agricultoras




Politécnico de Viseu promove a participação política e cívica de mulheres agricultoras

 

O papel das mulheres nas áreas rurais e na agricultura é de enorme importância pela sua capacidade de inovação e diversidade de atividades. No âmbito do projeto MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior, apoiado pelo EEGRANTs, a capacitação (técnica e pessoal) resultará no empoderamento e valorização de todas as mulheres agricultoras e, consequentemente, num avanço significativo no sentido da igualdade de género e da sua participação cívica.

 

MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior é o nome do projeto do Politécnico de Viseu (PV) recentemente aprovado no Programa Conciliação e Igualdade de Género (EEGRANTs). O projeto pretende aumentar a participação cívica e associativa das mulheres agricultoras nas regiões do interior, através da sua capacitação, contribuindo para a maior visibilidade do seu papel social e para o aumento da igualdade entre homens e mulheres, passo considerado crucial para a estratégia de crescimento económico definida nos objetivos da EU2020.

 

Para a responsável de MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior, Cristina Amaro da Costa, docente da Escola Superior Agrária do Politécnico de Viseu, a aprovação desta candidatura “dá continuidade ao esforço que o Politécnico de Viseu tem vindo a fazer, quer no desenvolvimento dos Territórios do Interior e das comunidades rurais, em particular no âmbito da agricultura familiar, quer no propósito de promover investigação, diálogo, formação e intervenção em temáticas relacionadas com a violência e género, que se concretizam através das atividades do SPECULA – Observatório da Violência e Género de Viseu, entre as quais o projeto MAIs, agora aprovado”

 

Promovido pelo PV, o projeto MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior conta com um financiamento de €248.240 e tem como entidades parceiras: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Oikos – Cooperação e Desenvolvimento (ONGD), Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, Câmara Municipal do Sabugal, Associação da Bio-Região de S. Pedro do Sul (ABRE) e Ruralis – Institute for Rural and Regional Research, da Noruega.

 

MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior

O papel das mulheres nas áreas rurais e na agricultura é de enorme importância pela sua capacidade de inovação e diversidade de atividades; pelo seu caráter motor na manutenção, conservação e desenvolvimento das zonas rurais; na preservação de memórias e saberes tradicionais e na garantia de uma alimentação e nutrição saudáveis. No entanto, estas mulheres, quase sempre “invisíveis”, conhecem fortes vulnerabilidades, nomeadamente ao nível das desigualdades de género e dependência económica, acentuadas pela sua fraca representatividade nas estruturas associativas locais e nos lugares de decisão.

 

Este projeto tem como foco estimular a cidadania ativa e a visibilidade e participação social das mulheres agricultoras na esfera pública e no desenvolvimento local, conforme objetivo da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação e do Programa de Conciliação e Igualdade de Género das EEagrants. Trata-se de um projeto de intervenção baseado na Teoria da Mudança, a ser implementado em dois concelhos da região interior centro de Portugal – São Pedro do Sul e Sabugal, posicionando-se como uma experiência piloto que poderá vir a ser replicada em outros territórios idênticos.

 

A capacitação (técnica e pessoal) resultará no empoderamento e valorização de todas as mulheres agricultoras e, consequentemente num avanço significativo no sentido da igualdade de género e da sua participação cívica. Espera-se, ainda, contribuir para o reforço da ligação entre mulheres idosas e jovens, reforçando o sentimento de pertença e incentivando a fixação de comunidades em territórios rurais do interior do país. A projeção do projeto para o futuro será salvaguardada pela criação de coletivos (funcionais e autónomos) de produtoras agrícolas, bem como por todo o esforço dedicado a capacitar os atores locais para prestarem apoio técnico e cívico às mulheres que os compõem.

 

 

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