AÇÃO DE FORMAÇÃO, Vila Real



AS ABORDAGENS COLABORATIVAS NA INTERVENÇÃO SOCIAL COM FAMÍLIAS MUITO VULNERÁVEIS

As famílias muito vulneráveis que vivem em contextos de pobreza/exclusão social, encontram-se entre os grupos que enfrentam mais dificuldades e mais difíceis de ajudar. Não raras vezes, estas famílias são apontadas como sinónimo de “fracasso” na intervenção social, pois o envolvimento com os sistemas sociais tende a prolongar-se no tempo sem que ocorra uma significativa melhoria na sua qualidade de vida. Profissionais e famílias entram assim, num “ciclo de desespero”, gerador de sentimentos de ineficácia e impotência em todos os envolvidos (famílias, profissionais, instituições) que tornam as expectativas de sucesso diminutas ou inexistentes. Aplicadas ao contexto da intervenção social, as abordagens colaborativas (centradas nas soluções e nas competências) têm vindo a oferecer um amplo conjunto de princípios e práticas que ajudam os profissionais na ativação e captação das forças dos indivíduos e/ou famílias em situação de pobreza.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
1.   Os clientes/famílias vulneráveis e com múltiplos problemas: caraterização
2.   O atual momento entre paradigmas na intervenção social: das abordagens centradas nos problemas às abordagens colaborativas (centradas nas soluções e nas forças)
3.   As abordagens colaborativas: princípios e atuação junto de clientes vulneráveis
4.   Estratégias com sucesso na intervenção social: relação de confiança, flexibilidade, tempo, informalidade, ajudas práticas e materiais
5.   Gestão de caso: origem, definição, princípios, objetivos, critérios para implementação em contextos organizacionais
6.   Processo de gestão caso colaborativo: fases/elementos-chave (Admissão/triagem; avaliação/diagnóstico; planeamento; suporte direto; coordenação/parcerias; monitorização/revisão; encerramento do caso e acompanhamento; avaliação); boas práticas
7.   A figura do gestor de caso: competências e ações para fortalecer uma prática colaborativa
8.   Abordagem colaborativa nas visitas domiciliárias: princípios e boas práticas
9.   Desafios que se colocam ao interventor no atual contexto de intervenção

OBJETIVO GERAL
Abordar o papel do interventor/gestor de caso na intervenção com públicos muito vulneráveis, com enfoque na compreensão e desenvolvimento das abordagens colaborativas (centradas nas soluções e competências) e na relação profissional-cliente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Compreender a relevância de implementar abordagens colaborativas no contexto da intervenção com famílias muito vulneráveis
- Identificar os princípios e boas práticas subjacentes às abordagens colaborativas
- Identificar estratégias, técnicas, atitude para desenvolver uma abordagem colaborativa junto de famílias vulneráveis
- Explorar os desafios que se colocam à operacionalização das abordagens colaborativas no atual sistema de intervenção.

METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO E AVALIAÇÃO
Metodologias participativas e dinâmicas que valorizem a aprendizagem e desenvolvimento pessoal: método interativo e expositivo. Avaliação contínua pergunta-resposta entre formador e formandos; exercícios práticos, análise, discussão casos.

DIAS 2 e 3 Outubro de 2019
HORÁRIO 09h30 às12h30 e das 14h00 às 17h00
DURAÇÃO 12 horas
LOCAL Núcleo Distrital de Vila Real | Rua Dr. Francisco Sales da Costa Lobo, lote 5, -1 rc/ esquerdo | Vila Real
INSCRIÇÃO Associados/as da EAPN Portugal: 30€ // Não associados/as: 50€
PÚBLICO-ALVO Profissionais, Técnicos/as Superiores e Dirigentes na área da intervenção social, saúde, defesa/segurança, justiça, educação nomeadamente equipas RSI, RLIS, CLDS 4G, Escolhas 7G, CPCJ, CAVI, equipas municipais de ação social e habitação e outras equipas que intervém diretamente com famílias.
ÁREA DE FORMAÇÃO 762 – Trabalho Social e Orientação
MODALIDADE DE FORMAÇÃO Formação contínua de atualização.
FORMA DE ORGANIZAÇÂO Formação presencial
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Prioridade a associados da EAPN Portugal // Número de ordem de receção da inscrição
CERTIFICADO DE FORMAÇÃO Presença obrigatória em pelo menos 80% do total da duração da ação e aproveitamento no final da formação
FORMADORA Sofia Rodrigues.
Psicóloga e doutoranda em Psicologia na Universidade de Aveiro; Pós-graduada em Análise e Intervenção Familiar; Especialização em Intervenção Sistémica e Familiar pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, com a qual tem vindo a colaborar em ações de formação. Desenvolve diversas atividades de supervisão, consultoria e formação para profissionais em território nacional nas áreas de intervenção social e comunitária com famílias muito vulneráveis, abordagens colaborativas, gestão de caso e metodologia Photovoice, designadamente junto de CPCJ, CAFAP, NPISA, Centros de Acolhimento para crianças e jovens em risco, Centros de Apoio à Família, Equipas de RSI/Ação social e equipas ou redes de parceiros com responsabilidade na intervenção social a nível municipal. Tem participado em diversas iniciativas no combate à pobreza e exclusão social. Acresce a participação e condução em diversas Conferências e Seminários em Portugal e no estrangeiro. É autora e coautora de diversos artigos científicos, capítulos de livros nacionais e internacionais, manuais escolares (Ensino nacional em Timor-Leste) e revistas nacionais e internacionais na área da psicologia, intervenção social e comunitária, abordagens colaborativas, pobreza e exclusão social e cidadania.


INFORMAÇÕES E INSCRIÇÔES Ficha de Inscrição em anexo // A Ficha de Inscrição pode ser fotocopiada

Após confirmação da sua inscrição (comunicação de lista de formandos a 25/09/2019), o pagamento deverá ser efetuado por transferência bancária (mediante envio do respetivo comprovativo) ou numerário.

As inscrições são limitadas a 20 participantes e devem ser realizadas até ao próximo dia 24 setembro para:
EAPN Portugal / Núcleo Distrital de Vila Real
Rua Dr. Francisco Sales da Costa Lobo, lote 5, -1 r/c esq., 5000-260 Vila Real
Tel.: 259 322 579 | Fax: 259 322 001 | vilareal@eapn.pt


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