A mobilidade
foi o tema recorrente nas intervenções da sessão de abertura do “Ano CPLP
da Juventude”, no início do ano, em Lisboa, com o secretário de Estado da Juventude de Cabo Verde, Carlos
Monteiro, em representação da Presidência rotativa da CPLP, a defender que,
neste como em outros temas, é preciso passar dos planos e da discussão para a
ação concreta.
“Não podemos
continuar a perder a oportunidade de dar avanços grandes na questão da
mobilidade. Para mim, e daquilo que sinto dos jovens, a mobilidade é uma
inevitabilidade na CPLP. Temos de assumir isso e ter coragem de dar os passos
certos”, afirmou.
Carlos
Monteiro defendeu, por outro lado, que a mobilidade seria “um grande passo para
fortalecer” o sentimento de pertença desses jovens ao espaço lusófono.
O secretário
de Estado cabo-verdiano fez ainda votos que este ano possa representar um
“pontapé de saída” para a década da juventude na CPLP em que seja possível o
envolvimento dos jovens na tomada de decisões políticas e na concretização das
medidas que lhes dizem respeito.
“A juventude
tem neste momento um sentido de urgência e exige decisões concretas e são
decisões que têm que ter a juventude também no processo da sua tomada, ou seja,
as decisões para a juventude têm que ser tomadas também por jovens”, disse.
O
vice-presidente da Assembleia da República, Jorge Lacão, também orador na
sessão, defendeu a necessidade de “dinamizar as condições favoráveis”
para a autorização de residência dos nacionais dos países lusófonos,
o reconhecimento recíproco das habilitações académicas e das qualificações
profissionais e a portabilidade dos direitos sociais para os trabalhadores do
espaço da CPLP.
“São grandes
desafios que estão à nossa frente e, no ano em que comemoramos a relevância da
juventude na CPLP, tratar destes temas é tratar do futuro da juventude e criar
condições efetivas para a coesão” do espaço lusófono, disse.
O ministro
da Educação e Juventude português, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou a ideia
de que a mobilidade e o conhecimento de outras sociedades são “instrumentais
para que a tolerância e o conhecimento comum aumentem e alguns receios,
infundados, acabem por desaparecer”.
“Temos que
trabalhar para que essa mobilidade seja enriquecedora e faça ainda mais sentido
numa comunidade como a CPLP”, disse.
Fonte: Lusa
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