2019: Ano da CPLP para a Juventude

2019: Ano da CPLP para a Juventude



A mobilidade foi o tema recorrente nas intervenções da sessão de abertura do “Ano CPLP da Juventude”, no início do ano, em Lisboa, com o secretário de Estado da Juventude de Cabo Verde, Carlos Monteiro, em representação da Presidência rotativa da CPLP, a defender que, neste como em outros temas, é preciso passar dos planos e da discussão para a ação concreta.
“Não podemos continuar a perder a oportunidade de dar avanços grandes na questão da mobilidade. Para mim, e daquilo que sinto dos jovens, a mobilidade é uma inevitabilidade na CPLP. Temos de assumir isso e ter coragem de dar os passos certos”, afirmou.
Carlos Monteiro defendeu, por outro lado, que a mobilidade seria “um grande passo para fortalecer” o sentimento de pertença desses jovens ao espaço lusófono.

O secretário de Estado cabo-verdiano fez ainda votos que este ano possa representar um “pontapé de saída” para a década da juventude na CPLP em que seja possível o envolvimento dos jovens na tomada de decisões políticas e na concretização das medidas que lhes dizem respeito.
“A juventude tem neste momento um sentido de urgência e exige decisões concretas e são decisões que têm que ter a juventude também no processo da sua tomada, ou seja, as decisões para a juventude têm que ser tomadas também por jovens”, disse.

O vice-presidente da Assembleia da República, Jorge Lacão, também orador na sessão, defendeu a necessidade de “dinamizar as condições favoráveis” para a autorização de residência dos nacionais dos países lusófonos, o reconhecimento recíproco das habilitações académicas e das qualificações profissionais e a portabilidade dos direitos sociais para os trabalhadores do espaço da CPLP.

“São grandes desafios que estão à nossa frente e, no ano em que comemoramos a relevância da juventude na CPLP, tratar destes temas é tratar do futuro da juventude e criar condições efetivas para a coesão” do espaço lusófono, disse.

O ministro da Educação e Juventude português, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou a ideia de que a mobilidade e o conhecimento de outras sociedades são “instrumentais para que a tolerância e o conhecimento comum aumentem e alguns receios, infundados, acabem por desaparecer”.
“Temos que trabalhar para que essa mobilidade seja enriquecedora e faça ainda mais sentido numa comunidade como a CPLP”, disse.

Fonte: Lusa

Comentários