É cada vez
mais reconhecido o papel que as artes podem desempenhar nos processos de
inclusão social de grupos socialmente desfavorecidos ou apresentando problemas
de inclusão social. No plano das iniciativas de inovação e desenvolvimento
social multiplicam-se os projetos no sentido de explorar as potencialidades das
artes performativas e das práticas artísticas em geral nos processos de
inclusão social e luta contra a marginalização e exclusão social. A título
exemplificativo, tome-se em consideração o facto de que, desde nomeadamente a
paradigmática experiência venezuelana “el sistema”, se assiste, quer na América
Latina, quer no espaço europeu, e particularmente em Portugal, ao surgimento de
inúmeros projetos quer no âmbito da educação e expressão musical, quer no
âmbito de muitas outras artes performativas e práticas artísticas como um vetor
de desenvolvimento comunitário e construção de trajetórias capacitadoras e
inclusivas. No campo do teatro deve igualmente ser registada a tradição do “teatro
do oprimido” e de outras correntes com relevante impacto em processos de
inclusão e desenvolvimento social. A dança, a expressão plástica e muitas
outras artes performativas e artísticas, quer nos domínios da intervenção com
crianças, quer em áreas de trabalho com população com problemas de saúde
mental, com deficiência, reclusos e população sem-abrigo, são outros exemplos
da relevância que esta problemática e perspetiva têm assumido. Emblemáticos de
todo esta dinâmica são a expressão assumida pela Orquestra Geração e o projeto
PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian, que procuram não só estimular, mas dar
visibilidade a estas iniciativas. No entanto, ainda há pouca reflexão e
aplicação de forma otimizada das práticas artísticas como instrumentos de
inclusão e fundamentalmente pouca incorporação das dinâmicas artísticas em
processos técnicos de inclusão.
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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
1.
Arte
e Inclusão social: algumas ideias, dados de investigação e boas práticas
2.
Práticas
artísticas que potenciam a inclusão social: mecanismos e caraterísticas
3.
Os
processos de planeamento: características e etapas
4.
Um
workflow para o desenho de projetos que utilizem as práticas artísticas como
mecanismo promotor de inclusão social
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OBJETIVO GERAL
Contribuir
para o surgimentos de mais e melhores projetos que utilizem as práticas
artísticas para promover inclusão social.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Perceber o
papel que as práticas artísticas podem ter na promoção da inclusão social
- Ter um
workflow de desenho de intervenções que incorpore o conhecimento e boas
práticas existentes nesta área
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METODOLOGIAS DE
FORMAÇÃO E AVALIAÇÃO
Formação
que ligará dimensões teóricas e práticas. Avaliação efetuada através de
trabalho de grupo realizado em sala.
DIAS
27 e 28 de fevereiro de 2019
HORÁRIO:
9h30 – 12h30 | 14h00 – 17h00
DURAÇÃO
12h
INSCRIÇÃO
Associados da EAPN Portugal: 30€
// Não associados: 50€
PÚBLICO-ALVO Técnicos
Superiores das áreas sociais e colaboradores de organizações sociais e/ou
culturais e artísticas
ÁREA DE FORMAÇÃO
762 – Trabalho Social e Orientação
MODALIDADE DE FORMAÇÃO
Formação contínua, de atualização
FORMA DE ORGANIZAÇÃO
Formação presencial
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Prioridade a associados da EAPN Portugal // Número de ordem de receção da
inscrição
CERTIFICADO DE FORMAÇÃO Presença obrigatória em pelo menos 80% do total da duração da
ação e aproveitamento no final da formação.
FORMADOR Paulo Teixeira
Mestre em Planeamento e
Avaliação de Processos de Desenvolvimento e Licenciado em Sociologia e
Planeamento pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
(ISCTE). Vasta e multifacetada experiência profissional, tendo trabalhado para
ONGs, na coordenação de equipas de projetos de intervenção, e para o Estado, no
planeamento e acompanhamento da implementação de Programas Nacionais
(nomeadamente o Programa Rede Social, no extinto IDS – Instituto para o
Desenvolvimento Social e posteriormente no Instituto de Segurança Social). Consultor
e formador em Autarquias, IPSS, ONGs e outras instituições públicas e privadas
(com e sem fins lucrativos), nas áreas do planeamento, gestão e avaliação de
programas e projetos, planeamento estratégico territorial, liderança e gestão
de equipas, mudança organizacional, comunicação e marketing organizacional,
sustentabilidade das Organizações Sem Fins Lucrativos e sistemas de avaliação
de desempenho. Integrou a Direção da Sociedade Europeia de Avaliação (European
Evaluation Society – EES), é membro da Sociedade
Americana de Avaliadores, foi coordenador do Núcleo de Lisboa da EAPN Portugal
e fundou a Logframe – Consultoria e Formação, Lda, de
que é sócio-gerente. Colabora com organizações do Ensino Superior nas áreas da
avaliação, planeamento e inovação social, nomeadamente, com a Universidade
Católica Portuguesa. Neste momento
abraçou o desafio do doutoramento em Ciências da Comunicação e lançou a BUZZ – Agência de Comunicação para a Economia Social.
INFORMAÇÕES E
INSCRIÇÕES Ficha
de Inscrição em anexo // A Ficha de Inscrição pode ser fotocopiada
Após
confirmação da sua inscrição, o pagamento deverá ser efetuado
por transferência bancária ou numerário.
As inscrições são limitadas a 15
participantes e devem ser realizadas até ao próximo dia 22 de fevereiro
de 2019 para:
EAPN Portugal
/ Núcleo Distrital de Leiria
Rua Miguel
Franco, lote 8, 102, Loja 1 e 2 | 2400-191 Leiria
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