17 outubro: Dia Internacional para a Erradicação da
Pobreza
“ERRADICAR A POBREZA
E A EXCLUSÃO SOCIAL:
A URGÊNCIA DE UMA LUTA”
À semelhança de outros anos, o 17
de outubro constitui sempre uma oportunidade para que a EAPN Portugal manifeste
e sublinhe a sua posição no que concerne à luta contra a pobreza e exclusão
social. Porque este ano comemora 25 anos de existência, a EAPN Portugal reitera
o quanto a erradicação da Pobreza e da Exclusão Social constituiu desde o
primeiro momento o seu objetivo primordial.
“Desde a sua fundação que a EAPN
Portugal se destaca no panorama nacional e europeu a diferentes níveis:
acompanhamento e avaliação de políticas públicas nacionais como o Rendimento
Mínimo Garantido e o Programa da Rede Social; desenho e desenvolvimento de
projetos no âmbito dos diferentes Quadros Comunitários de Apoio;
estabelecimento de parcerias com diferentes e relevantes entidades públicas
nacionais e transnacionais; a organização da Assembleia Geral da EAPN Europa em
1998 e em 2011 e de outros eventos internacionais em Portugal, a eleição para
Presidente da EAPN Europa de um português, a criação de um Observatório de Luta
contra a Pobreza na cidade de Lisboa; a realização dos Fóruns Nacionais de
pessoas em situação de pobreza e de exclusão social, entre muitos outros”,
lê-se no documento em anexo.
Em 2010, no ano europeu de luta
contra a Pobreza e a Exclusão Social, a EAPN Portugal recebeu o Prémio dos
Direitos Humanos atribuído por unanimidade pela Assembleia da República,
testemunhando assim o papel importante da organização neste domínio.
São incontáveis as atividades que,
ao longo dos anos, dizem do acreditar e fazer desta organização absolutamente
empenhada em erradicar a pobreza.
“Os desafios são muitos, mas temos
de continuar a acreditar que é possível caminhar para um futuro melhor, mais
justo e solidário, com o compromisso de todos e com a certeza de que se trata
de uma luta indispensável. A erradicação da Pobreza não é uma utopia, mas sim
um objetivo urgente para o qual tem de existir vontade política e coragem para
cumprir. Há 25 anos que vamos fortalecendo a nossa coragem, há 25 anos que nos
vamos aliando a outras organizações e pessoas que se unem nessa luta. Estamos,
portanto, preparados para colaborar na concretização desse objetivo.” diz a
mensagem da EAPN Portugal.
De todos os eventos que por todo o
país estão a decorrer com o intuito de fazer passar a mensagem da organização,
destacamos a reedição da campanha “A POBREZA NÃO”, composta por 10 fotografias
e 5 mensagens sensibilizando para múltiplas situações de pobreza e exclusão
social. Por sua vez, os objetivos da campanha pretendem apelar
para as situações de pobreza que são mais visíveis, desconstruindo eventuais
estereótipos e chamando à atenção para uma cultura de solidariedade e
cooperação. Este ano a campanha conta com a adesão de mais de 90 municípios que
disponibilizaram cerca de 300 suportes publicitários nos diferentes concelhos
envolvidos.
Pretende-se
que o público em geral fique sensibilizado para o facto de que é possível existir
uma sociedade mais justa e coesa e que todos beneficiamos com a erradicação da
pobreza e da exclusão social. As imagens da Campanha foram cedidas por fotógrafos
de renome nacional que colaboram com a EAPN pro
bono (Lara Jacinto, Adriano Miranda, Paulo Pimenta, Rui Farinha e Sérgio
Aires) sendo o grafismo da autoria do Miguel Januário, um dos graffiters mais conceituados do panorama
nacional. Os materiais da campanha são constituídos por mupies, postais, cartazes e um vídeo promocional a ser divulgado
dia 17.
Referimos,
ainda, o seminário/debate Pobreza de Economia ou Economia de Pobreza que terá
lugar no Auditório 2 da Fundação Calouste
Gulbenkian, onde participa um conjunto
de economistas que irá refletir sobre a realidade portuguesa, os principais
desafios societais atuais, os modelos macroeconómicos recentes e a sua (in)
capacidade de dar resposta a esses mesmos desafios, bem como identificar
soluções e propostas que alarguem o leque de alternativas a considerar no
debate público. Será debatido, entre outros, o entendimento e promoção
ou implementação dos mecanismos que promovem o crescimento inteligente,
sustentável e inclusivo; práticas e políticas de confiança necessárias para
construir sociedades resilientes, inclusivas, participativas, abertas e
criativas tendo em consideração as migrações, a integração e as alterações
demográficas.
Como
sabemos, a Europa é confrontada com grandes desafios socioeconómicos que afectam significativamente
o seu futuro, como por exemplo, as crescentes interdependências culturais
e económicas, envelhecimento e mudanças demográficas, exclusão social e
pobreza, integração e desintegração, desigualdades e fluxos migratórios, um
decrescente sentido de confiança nas instituições democráticas e entre cidadãos
dentro e entre cada país. Por sua vez, Portugal viveu recentemente uma das suas
piores crises das últimas décadas, a estagnação prolongada e a crise económica,
bem como o crescimento das desigualdades sociais agravadas por sucessivas
políticas de austeridade em resposta à crise, colocam-nos perante grandes
desafios futuros, nomeadamente, o desafio do crescimento económico e a sua
importância na distribuição do rendimento na economia e as suas importantes
implicações na criação de uma sociedade de iguais oportunidade para todos.
Por
isso este debate acontece num momento em que importa parar e refletir, a partir
destas questões, sobre qual o caminho que nos levará a um futuro melhor.
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info:
Departamento de Comunicação da
EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza
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