Seminário para Representantes da Sociedade Civil


Seminário para Representantes da Sociedade Civil sobre a Agenda Económica da Comissão
 Bruxelas, 24 e 25 de março

« Representantes de cinco redes nacionais da Rede Europeia Anti Pobreza (EAPN) (Bélgica, Dinamarca, Lituânia, Espanha, Portugal), juntamente com a Coordenadora de Policy Officers da EAPN, Sian Jones, participaram, nos dias 24 e 25 de março, em Bruxelas, no primeiro seminário para Representantes da Sociedade Civil sobre a Agenda Económica da Comissão Europeia organizado pela Direção geral dos Assuntos Económicos e Financeiros - DG ECFIN. Esta iniciativa enquadra-se na nova estratégia de comunicação da ECFIN para "articular" com os stakeholders e os cidadãos sobre a Agenda Económica da UE. A sessão da mesa-redonda, de diálogo informal com apenas 15 participantes, permitiu uma troca dinâmica entre os altos funcionários da Comissão e os representantes de ONGs sobre a abordagem e o impacto das políticas económicas da UE. Foi a primeira vez que tais sessões de diálogo com a ECFIN foram direcionadas para as ONGs a nível nacional. Raquel Lucas, membro do gabinete do Comissário Dombrovskis destacou que a Comissão faz questão de "trabalhar mais para os cidadãos, para que eles tenham uma melhor imagem da Europa. Isso significa direcionar-se para uma visão mais equilibrada entre o nível económico e social. Reforçar o diálogo social, é agora uma prioridade e a nova Comissão quer promover uma maior articulação com a sociedade civil".
 Os pontos-chave centraram-se no impacto social da política económica e no processo do Semestre Europeu, propostas para uma união económica e financeira mais justa, para uma reforma tributária mais justa, e preocupações com a justiça social em torno de reformas estruturais. A EAPN congratulou-se com a nova iniciativa destacando a importância do diálogo com as organizações da sociedade civil que trabalham com pessoas afetadas diretamente pelas políticas, e tentam ativamente envolver-se no Semestre Europeu a nível nacional. Sublinharam a necessidade de registar a perceção negativa da atual política económica da UE, fortemente ligada ao impacto social das prioridades devastadoras da austeridade. Apelaram a que a Europa 2020 e a meta da pobreza seja firmemente colocada no centro da agenda da nova Comissão, garantindo que a política económica contribua ativamente para os objetivos sociais e a prosperidade partilhada. A EAPN defendeu propostas para uma expansão desse diálogo tanto a nível da UE como a nível nacional com a sociedade civil organizada, bem como através de alianças mais intersectoriais, debates envolvendo alianças abrangentes como a da Aliança do Semestre Europeu».

Fonte: http://www.eapn.eu/