A pobreza no contexto nacional
Por Sandra Araújo, Diretora Executiva EAPN Portugal
« Penso que é inegável que a Grande Recessão tornou a vida da classe média bastante mais difícil, mas que foi especialmente dura com a classe baixa que tenta sobreviver com um salário mínimo pouco acima do limiar de pobreza. O défice do emprego e os rendimentos dos portugueses comuns continuam a diminuir e as consequências da desigualdade persistente, de uma rede de segurança deficiente e de uma austeridade crescente sentem-se cada vez mais.
Hoje, mais do que nunca, a pobreza e a exclusão social enquanto fenómenos sociais vão perdendo as suas fronteiras, deixando de ser fenómenos periféricos, vinculados a grupos, características, condições, para se tornarem um problema que atinge massivamente uma grande parte da população.
A pobreza já não é um fenómeno minoritário. Inclusive aqueles que não se encontram em situação de pobreza, sentem uma enorme insegurança em relação ao futuro. O desemprego, a subida dos preços e a inflação, o aumento dos custos na saúde e na educação, os sucessivos cortes nos apoios sociais e os aumentos incomportáveis da carga fiscal colocaram uma grande parte das famílias portuguesas numa situação-limite, a passar por dificuldades extremas e de carência em bens essenciais...»
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