1º Encontro Transfronteiriço de Mediadores Ciganos


A inexistência de um retrato fidedigno das comunidades ciganas, na região sul, enquanto elemento potenciador de políticas eficazes dirigidas aquelas comunidades, foi uma das questões abordadas durante o 1º Encontro Transfronteiriço de Mediadores Ciganos, promovido pela EAPN Portugal e a EAPN Andaluzia, em parceria com a Fundacion Secretariado Gitano, no passado dia 13 de abril.
Os participantes referiram, ainda, a importância e a necessidade de se valorizar o papel do mediador e da sua carreira profissional e a curta durabilidade dos projetos que não contemplam a avaliação do impacto das intervenções efetuadas junto das comunidades ciganas, visto só serem visíveis a longo prazo. Por isso, consideram dever-se apostar em medidas mais ativas de inclusão social, não se restringindo a políticas e a projetos avulso e pontuais, sem continuidade ou sustentabilidade.

Durante o encontro, onde participaram investigadores e mediadores de Beja, Faro e Huelva foi, também, salientado o papel que a mulher cigana assume no processo de inclusão social na região da Andaluzia. Apesar da existência de fortes constrangimentos sociais para a implementação de uma associação de mulheres ciganas no sul de Portugal, foi manifestado interesse na sua criação. Segundo a opinião das mediadoras da Andaluzia, a formação/ educação constitui a principal estratégia de empoderamento das comunidades ciganas, apesar da intervenção ser necessária no que diz respeito ao emprego, habitação, saúde, combate à discriminação, entre outras.

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