Sob o lema «Acabemos com a pobreza já!» a Comissão Europeia e a Presidência espanhola da União Europeia (EU) abrem, hoje, em Madrid, o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Em Portugal, a abertura oficial está agendada para o dia 6 de Fevereiro.
Na cerimónia de abertura estão presentes a EAPN e a REAPN, cuja mensagem pode ser consultada AQUI.
«A luta contra a pobreza e a exclusão social é uma parte integrante da estratégia para sair da crise. São geralmente as pessoas mais vulneráveis que acabam por ser mais duramente atingidas pelo impacto de uma recessão. É por esta razão que o Ano Europeu 2010 deveria servir de catalisador para melhorar a sensibilização para este problema e dar um impulso decisivo à criação de uma sociedade mais inclusiva, que é uma parte essencial da futura estratégia da UE para 2010 por mim proposta» declarou José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia.
Colocar a pobreza na agenda política europeia, como matéria prioritária a trabalhar, especialmente, durante o corrente ano, constitui o objectivo mais abrangente da iniciativa.
«Vladimír Špidla, Comissário responsável pelo Emprego, pelos Assuntos Sociais e pela Igualdade de Oportunidades, acrescentou: «Na Europa, uma em seis pessoas enfrenta sérias dificuldades para fazer face às despesas de todos os dias, mas a pobreza pode afectar-nos a todos, e à sociedade em geral. Embora a maior parte dos instrumentos de combate à pobreza seja de âmbito nacional, três quartos dos europeus esperam que a UE também ajude. O Ano Europeu coloca esta questão no topo das prioridades, para que a Europa possa unir forças na luta contra a pobreza e a exclusão social».
Perto de 80 milhões de europeus (17% da população da UE) vivem actualmente abaixo do limiar de pobreza. Este facto alarmante encontrou grande eco junto da opinião pública, segundo um recente inquérito Eurobarómetro sobre as atitudes face à pobreza (ver também IP/09/1585 ). A grande maioria dos europeus (73%) considera que a pobreza é um problema que alastra nos respectivos países e 89% reclamam dos governos uma acção urgente para o combater. Ainda que a maioria das pessoas considere que os governos nacionais são os principais responsáveis, 74% esperam que a UE desempenhe também um papel importante neste contexto.
O Ano Europeu de 2010 tem como objectivo uma maior sensibilização dos principais intervenientes, como os governos e os parceiros sociais, e do público em geral para as causas e consequências da pobreza na Europa. Visa igualmente mobilizar estes três interlocutores para o combate à pobreza, promover a integração e a inclusão social e incentivar a assunção de compromissos claros em relação à formulação de políticas da UE e nacionais para lutar contra a pobreza e a exclusão social.
As actividades do Ano Europeu serão em grande parte descentralizadas, no quadro de programas nacionais elaborados por cada um dos 29 países participantes (os 27 Estados Membros da UE, a Noruega e a Islândia). Um orçamento de 17 milhões de euros permitirá financiar campanhas de sensibilização a nível europeu e nacional e centenas de projectos nacionais relacionados com as diferentes prioridades de cada país», lê-se no comunicado emitido, ontem, pela UE.
O Ano Europeu terminará com uma conferência de encerramento em Bruxelas, em 17 de Dezembro, sob a Presidência belga.
O site da Entidade Coordenadora Nacional do Ano, presidida por Edmundo Martinho, já pode ser consultado.
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