Bruxelas dedica 2022 aos jovens, "a geração mais
sacrificada" pela Covid-19
« A proposta para tornar 2022 o Ano Europeu da Juventude foi
anunciada por Ursula von der Leyen, que afirmou que a "pandemia tem
roubado aos jovens muitas oportunidades".
A Comissão Europeia adotou a proposta formal de tornar 2022
o Ano Europeu da Juventude, pretendendo desse modo apoiar aquela que aponta
como “a geração mais sacrificada pela pandemia” da Covid-19.
Na sequência do anúncio feito pela presidente Ursula von der
Leyen no discurso sobre o Estado da União, em outubro, no sentido de 2022
ser o Ano Europeu da Juventude, o executivo comunitário concretizou a
proposta, indicando que está atualmente a desenvolver o seu programa de
atividades, “e todas as partes interessadas serão convidadas a apresentar as
suas ideias e propostas”.
A pandemia tem roubado aos jovens muitas oportunidades,
desde se encontrarem e fazerem novos amigos, a experimentarem e explorarem
novas culturas. Embora não possamos devolver-lhes esse tempo perdido, propomos
hoje designar 2022 o Ano Europeu da Juventude”, declarou Von der Leyen,
garantindo que os jovens “serão ouvidos”, o que diz estar já a suceder no
contexto da Conferência sobre o Futuro da Europa.
Segundo a Comissão Europeia, o objetivo do Ano Europeu da
Juventude passa também por “encorajar todos os jovens, especialmente aqueles
com menos oportunidades, oriundos de meios desfavorecidos, de zonas rurais ou
remotas, ou pertencentes a grupos vulneráveis, a tornarem-se cidadãos ativos e
atores de mudança positiva”.
Bruxelas pretende igualmente “promover oportunidades
proporcionadas pelas políticas da UE para que os jovens apoiem o seu
desenvolvimento pessoal, social e profissional”, sublinhando que “o Ano Europeu
da Juventude celebrar-se-á a par da implementação bem-sucedida do [pacote de
recuperação] ‘NextGenerationEU’ na criação de empregos de qualidade,
oportunidades de educação e formação”.
Por fim, o executivo comunitário assegura que pretende
também “inspirar-se nas ações, na visão e nos conhecimentos dos jovens para
reforçar e revigorar ainda mais o projeto comum da UE, com base na Conferência
sobre o Futuro da Europa”.
A Comissão vai agora discutir a proposta com o Parlamento
Europeu e o Conselho, tendo também em conta as opiniões do Comité Económico e
Social e do Comité das Regiões — órgãos consultivos -, esperando que os eventos
e atividades no quadro do Ano Europeu da Juventude arranquem logo em janeiro de
2022.»
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