GNR atenta à proteção das vítimas mais vulneráveis
No contexto atual de pandemia COVID-19, e em
complemento de todas as ações que vêm sendo desencadeadas por todo o seu
dispositivo, no sentido de garantir o cumprimento das normas decretadas pelo
Estado de Emergência, a Guarda Nacional Republicana tem estado particularmente
atenta à evolução de determinados fenómenos criminais, visando sobretudo
proteger os mais vulneráveis, como os idosos que vivem sozinhos, ou isolados ou
sozinhos e isolados e as vítimas de violência doméstica.
Nesse sentido, no mês
de março de 2020, a Guarda registou 938 denúncias por violência doméstica
(menos 26% do que em período homólogo de 2019 – e não
como, por lapso, foi hoje referido na Conferência de Imprensa conjunta, a que
alude o comunicado em anexo), tendo detido 76 suspeitos e apreendido
97 armas (dados provisórios). Ainda assim, conscientes que o período de
maior isolamento social pode suscitar um desfasamento mais acentuado entre o
número de denúncias e o número de crimes praticados, a GNR, através dos Núcleos
de Investigação a Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), tem intensificado os
contactos com as vítimas identificadas, no sentido de promover, se necessário
for, um ajustamento das medidas de proteção das vítimas. A GNR recorda que
se trata de um crime público, pelo que qualquer pessoa pode denunciar, devendo
ser privilegiado o recurso ao Sistema de Queixa Eletrónica (https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/).
De igual modo, a Guarda
tem reforçado as ações junto dos idosos, sobretudo dos cerca de 41 mil
que, durante a Operação Censos Sénior 2019, foram sinalizados como vivendo
sozinhos ou isolados ou sozinhos e isolados, procurando contribuir para a
prestação de um necessário apoio social e para a sensibilização face à
tendência para o aumento do número de crimes de burla (467, durante o mês de
março de 2020, o que corresponde um aumento de 52%, face ao período homólogo de
2019), que incidem sobretudo sobre a população mais vulnerável, como é o caso
dos idosos.
Ainda neste âmbito,
realça-se que está em fase de implementação o Programa 65 Longe+Perto, o
qual visa, através das Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário
(SPC), em primeira linha, a promoção do contacto telefónico com todo os idosos
sinalizados, procurando identificar situações que, por força da fase de maior
isolamento social, justifiquem uma abordagem ao nível psicológico, para a qual
serão disponibilizados psicólogos do Centro Clínico da GNR, numa segunda linha
de apoio.
Fonte: GNR
Imagem: Observador
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