Dia 30 de Setembro «Portugal encontra-se numa situação excepcionalmente difícil, de emergência. A própria União Europeia, em particular a Eurozona, corre risco de desagregação.
A premência dos problemas com que Portugal se defronta hoje não pode fazer perder de vista os disfuncionamentos estruturais do actual modelo de desenvolvimento global e os dilemas a ele associados de que Portugal também se ressente. Isso não nos dispensa – antes impõe – que procuremos desenhar para Portugal uma estratégia de desenvolvimento sustentável a prazo, com objectivos claros e o reconhecimento exacto dos recursos nacionais que devem e podem ser mobilizados e valorizados.
A prioridade a dar ao emprego, à redução da pobreza e ao desendividamento a prazo aponta para a necessidade de crescimento. Mas não a qualquer preço. O crescimento que desejamos deve obedecer a imperativos de coesão social, de crescente autonomia no espaço mundial e comunitário e de sustentabilidade ambiental.
Esta conferência pretende ser um momento de debate público de ideias, que reúna e ponha em diálogo o conhecimento que se encontra disperso na sociedade e no mundo académico, quase sempre sem a devida visibilidade no espaço da comunicação social.
Há que saber pensar o presente à luz dos ensinamentos do passado e, simultaneamente, numa perspectiva de futuro, fazendo regressar ao conhecimento da ciência económica os referenciais da ética e os contributos de outras ciências sociais. É neste contexto que Portugal poderá ter uma economia com futuro.»
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A premência dos problemas com que Portugal se defronta hoje não pode fazer perder de vista os disfuncionamentos estruturais do actual modelo de desenvolvimento global e os dilemas a ele associados de que Portugal também se ressente. Isso não nos dispensa – antes impõe – que procuremos desenhar para Portugal uma estratégia de desenvolvimento sustentável a prazo, com objectivos claros e o reconhecimento exacto dos recursos nacionais que devem e podem ser mobilizados e valorizados.
A prioridade a dar ao emprego, à redução da pobreza e ao desendividamento a prazo aponta para a necessidade de crescimento. Mas não a qualquer preço. O crescimento que desejamos deve obedecer a imperativos de coesão social, de crescente autonomia no espaço mundial e comunitário e de sustentabilidade ambiental.
Esta conferência pretende ser um momento de debate público de ideias, que reúna e ponha em diálogo o conhecimento que se encontra disperso na sociedade e no mundo académico, quase sempre sem a devida visibilidade no espaço da comunicação social.
Há que saber pensar o presente à luz dos ensinamentos do passado e, simultaneamente, numa perspectiva de futuro, fazendo regressar ao conhecimento da ciência económica os referenciais da ética e os contributos de outras ciências sociais. É neste contexto que Portugal poderá ter uma economia com futuro.»
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